terça-feira, 31 de agosto de 2010

John&Jenny - Parte III


Lá estava eu, sentada naquele banco da praça, citando Renato Russo no violão, com alguns amigos: " Será, só imaginação?! Será que é tudo isso em vão?!"
De repente uma voz doce sussurrou em meu ouvido: " Nada disso é em vão." Eu me virei depressa quase tocando meu lábio ao teu. Eu já havia parado de tocar, mas a turma ainda cantava: " Pra que esse nosso egoísmo, não destrua nosso coração". Meu coração se derreteu com aquelas vozes cantando essa parte da música. Me levantei deixando o violão com outro da turma, e sai, sendo puxada ou puxando-o pelo braço. Paramos em algum lugar da praça e você disse:
- Essa foi a música que você estava tocando a primeira vez que a vi. - Com um sorriso bobo estampado no rosto.
O clima ali era tenso, você foi chegando de leve, segurou em minhas mãos e passou sobre sua cintura, nos deixando muito perto, segurou na minha nuca e fez tocar meus lábios nos seus. Por um segundo. Meu coração batia forte e rápido. Me senti nas nuvens, mas em um impulso, eu tirei meus braços de sua cintura , e empurrei seu corpo levemente, para longe de mim. Você abriu os olhos e tinha uma impressão que perguntava por si só: " O que houve?"
- Você não merece isso. - E virei as costas para ele, voltando para minha turma e o bom e velho Renato, com uma lágrima no rosto que insistia em cair.

domingo, 29 de agosto de 2010

Vulgo Cladie.

Eu chorei varias vezes por ali, mas quando eu li o que você me escreveu eu desabei em lágrimas. Deve ser pelo fato de não sermos muito unidas. Mas meu coração ficou apertado ao ler as palavras que foram por você escritas, acredito eu, do fundo do coração. E quando eu finalmente te encontrei e pude te abraçar, já tinha até parado de chorar, mas ao sentir teus braços me envolvendo no abraço mais gostoso, abri um sorriso e as lagrimas voltaram a cair. Eu poderia passar o dia ali, pois era assim que eu estava me sentindo bem. Não te digo isso sempre, mas não esquece que eu te amo muito tá?! Amo quando falam que a gente é parecida, amo quando você beija meu rosto, amo acordar com você do lado todo dia.. Não sei bem como vou suportar o próximo ano com você longe, por isso te digo hoje com a maior certeza que eu já tive na vida: obrigada por ser minha irmã. Te amo, Gi.

sábado, 28 de agosto de 2010

Deixar o orgulho de lado, e aprender a valorizar.

A alegria por ali, é contagiosa. Cada sorriso, dança... animação vem em primeiro lugar. Olhinhos atentos a cada palavra proferida com força, raiva, determinação... Cada passo dado é uma surpresa. Isso que torna bom. Saber que pode contar com as pessoas, sentir vontade de abraçar cada pessoa ali, estar sempre animada, pulando, rindo, e por outrora chorando. Mas é um choro bom. Aaah, estou mesmo sem palavras para descrever essa emoção toda, e olha que ainda nem acabou. Na verdade está só começando. Já me sinto dentro da familia. Obrigada, E.A.C.!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Até quando?!


Tem gente passando fome, e não é a fome que você imagina, entre uma refeição e outra. Tem gente muito doente, e não é a doença que você imagina, entre a receita e a aspirina. Tem gente sentindo frio, e não é o frio que você imagina, entre o chuveiro e a toalha. Tem pedindo ajuda, e não é a ajuda que você imagina, entre a  escola e a novela.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Corações a mais de mil


O calor de suas mãos suadas nas minhas, naquele momento, aqueceu até meu coração,e abriu em meus olhos um sorriso que só você consegue, pôs em meus lábios terna expressão de felicidade. Sentia dentro de mim, o palpitar de um sentimento novo, marcante desde o inicio.

Sonho parece verdade, quando a gente esquece de acordar

 - Eu imagino que ele venha, com um ar de conquistador, montado no seu cavalo branco alado, e me salve de tudo aquilo. É ai que entra a felicidade que eu tanto falo para vocês. - Dizia com olhos brilhando e um ar de sonhadora.
 - Manu, a gente já te disse que não existe essa de príncipe encantado ou de felizes para sempre...
 - É! Até parece que ainda tem 5 anos. Cadê o teu papai noel, fofa?
Todas as três riram e debocharam da minha cara. Elas sempre me falaram isso, mas eu senti que dessa vez era sério. Priscila era quem comandava o grupo, Tati e Isa a seguiam. Quem eu chamava de melhores amigas, estavam agora, tentando me tirar do que meu plano de realidade. Mas e se fosse verdade?! E se o mundo fosse tão ruim como elas falam?! Me sentia ruim só de pensar. O MEU mundo estava desabando. Então eu resolvi reparar, e os irmãos Toller não eram ogros como eu imaginava, eles só eram feios, Geovanna e as pinkladies não eram bruxas... Para onde foi a magia?! Elas me fizeram ver o mundo de outro jeito e eu não gostara nada disso. "Manu, a futura princesa do reino, se sentia agora, pior que uma plebeia." É, era assim mesmo que eu me sentia. Minhas roupas não eram vestidos, e muito menos bonitos. Eu usava um tipo de uniforme branco e preto. E aquele lugar... argh, eu odiava aquele lugar. Ele era tão sujo que mais se parecia com uma prisão. Mas foi quando eu percebi que minha diretora não era um sapo... Ah, eu derramei lágrimas - que por mais incrível que pareça, não eram azuis - e eram lágrimas tão profundas e verdadeiras, que não paravam de escorrer pelo meu rosto. Acabei adormecendo por ali, no pátio do que vocês chamam de "escola". E como se não bastasse esse mundo novo, eu, de repente, tive a estranha sensação de estar caindo, e quando me virei não havia chão sob meus pés, nem a escada ao meu lado... Não havia nada, só uma completa escuridão e aquela sensação estranha. Quanto mais eu me movia, mais claro ficava. e eu me via mais perto de desabar no chão. Eu já havia desistido, afinal não valia mais a pena com o mundo assim. Foi quando avistei asas. Enormes asas brancas de um cavalo. E montado nele estava o que eu costumo chamar de príncipe. Ele me salvara de tudo aquilo com o ar conquistador de sempre. E eu me senti mais segura, como se meu mundo tivesse voltado. Mas eu olhei para frente e vi as pinkladies se mordendo de raiva, falando e mexendo em alguma poção. Mas não usavam as roupas costumeiras de bruxas, usavam aqueles uniformes. Todos ali vestiam aquela roupa brega. Já não sabia mais em que mundo eu estava vivendo. E de repente eu vi os gêmeos Toller. Um ogro e outro não. Até achei que minha cabeça explodiria agora. Contudo, eu vi duas criaturas conversando que me chamaram a atenção. Gritei de longe: " Tati! Isa!". E fui correndo ao encontro delas, quando percebi que elas haviam sido transformadas nas coisas que mais odeiam ou acreditam ser impossíveis. A Tati era um ciclope grande, gordo e feio, a Isa era uma bola gigante(isso prova o quanto algumas garotas realmente odeiam esportes). Eu segurei para não rir, quando notei que Priscila não estava ali. Tentei puxar na memória algo que ela detestasse, e senti um formigamento estranho no pé direito. Me abaixei e peguei o que achava que era uma aranha, quando ouvi os gritos de Priscila: " Me solte! Por favor! Nos faça voltar ao normal." Tati e Isa repetiram em uníssono: "Nos faça voltar ao normal!".
 - Vocês fizeram isso com vocês mesmas. - Respondi com o sorriso mais confiante no rosto.
Senti uma cutucada em minhas costas, quando me virei e abri os olhos, a magia se fora, de novo. Eu estava no mundo de Priscila. Em um piscar de olhos - literalmente - tudo aquilo se acabara. O sino que indicava o final das aulas acabara de tocar. Eu me levantei meio tonta, mas feliz. Eu tinha acabado de descobrir que o mundo podia ser como eu quisesse, bastava minha imaginação. E quando passei na frente de Priscila, Tati e Isa, o sorriso confiante voltou, e como se eu não tivesse controle de meus atos fui falar com elas:
 - Obrigada, pela oportunidade.
As três me olharam torto, como se eu fosse o ogro da história. Eu continuei como se aquela reação fosse normal:
 - Muito obrigada a vocês pela oportunidade de aprender a ser escroto. Pelo visto, bem necessário nesse mundinho né?! - E saí, abraçada no meu príncipe e montada no seu cavalo voador.




Pauta para blorkutando. Acho que devo agradecer ao Digão por me fazer sonhar tão alto, a ponto de criar a Manu. Esse texto não seria nada sem você. Não sei bem qual a mensagem desse texto, mas é como diz o bom e raro Anitelli: " imagino que cada um aqui deve ter um sonho, e se a gente aprender a olhar para ele, vai perceber que ele tá muito perto"

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Borboletas no estômago.

"Eu gosto de conversar com você."
Já se passaram umas 10 horas que você havia me dito isso, mas ainda assim aquela frase não saía da minha mente. E é bom porque é recíproco. Mas é bem estranho porque eu mal te conheço, e você já me faz um bem sem igual. Você fala como se me conhecesse à tempos, e me faz agir como se isso fosse bom. Em dois dias, com muita conversa e pouco assunto, você me conquistou não só com seu estilo diferente e o "gorrinho de pikachu", mas com o jeito atencioso e calmo que tens comigo. Sem palavras que possam descrever ou lhe agradecer pelo que você me faz sentir. É estranho, bom, complicado e diferente. Mas vai ver que é assim mesmo.
Te espero aqui, para quando quiser, moço.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

As vezes as pessoas escrevem coisas, por não conseguir dize-las

Você, foi pra mim, um capitulo muito importante. Alguém que me ensinou muitos valores e a importância de ter alguém certo na vida. Só que com o tempo eu descobri que você não era o certo pra mim. As brigas, as promessas(quase sempre falsas), os sorrisos, e muito mais importante que eles, as lágrimas. Essas me fizeram ver que você iria me ajudar, mas nao sempre que eu precisasse. E no começo, eu achei que tudo seria fácil, e você me provou o contrario, as coisas foram ficando muito mais do que difícil, mas eu enfrentei tudo, pois queria estar com você, até descobrir que você nao era nada que eu esperava. E o fim, acabou sendo mais fácil que eu esperava. Afinal, porque continuar com algo que começou mal ? Mas você fazia parecer que valia a pena. E sorte minha que percebi bem antes de ser tarde. Agora, você abre um sorriso quando me vê, por mais que falso, sempre abre um sorriso, e finge estar bem melhor sem mim. Mas você chegou pra mim, ontem mesmo, naquele sonho, e disse que tua vida estava um caos, e que precisava de mim, disse até que eu não podia sair com outros caras, você era o único capaz de me fazer feliz. Se me lembro bem, disse que você era especial e não único.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sem você não tem graça



Devia ser sábado,
passava da meia-noite.
Ele sorriu para mim. E perguntou:
-Você vai para a Liberdade?
-Não, eu vou para o Paraíso. 
Ele sentou-se ao meu lado. E disse:
-Então eu vou com você.




                                                                                                                                    Caio Fernando Abreu.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

John&Jenny - Parte II


E mais uma vez, lá estava eu, com meu blusão azul e uma calça jeans, velhas havaianas nos pés e o cabelo nem tão arrumado. Sentada a espera de que você tivesse um encontro hoje. Pelas minhas contas, você deveria estar por ali, quinta-feira lá pelas quatro horas, ou seja, agora. Procurei você por todos os lados e não havia ninguém ali, além de mim. Agora era eu quem estava apreensiva segurando o teu amuleto. Foi quando você se sentou ao meu lado e colocou sobre meu colo uma flor e disse:
- Foi roubada do jardim. - E deu um sorriso encantador.
Eu sorri de volta, tirei o amuleto das minhas mãos e o entreguei pra você, perguntando:
- Por que uma clave de sol?
- A primeira vez que a vi, você estava tocando violão por aqui. Isso explica também, porque sempre essa praça.
Tenho certeza que me corei de vergonha e tive que imediatamente mudar de assunto:
- A tua acompanhante não veio hoje?
- Você sabe muito bem que minha acompanhante em todas as vezes era você.
Você estava me deixando constrangida, mas eu não podia deixar aquele encontro simplesmente passar.
" E porque as outras garotas então?!" - Pensei.
- As outras garotas eram desculpas, porque eu nunca teria coragem para te chamar pra sair.
- Ah, isso é bobagem. Você bem sabe que eu sempre te admirei de forma diferente.
Foi quando alguém além da gente, apareceu por ali sem que eu percebesse. Mas você percebeu e como se tivesse surgido um imprevisto, você levantou meio apavorado e disse que tinha que ir. Deu me um leve beijo na bochecha, macio, suave, delicioso, e me deixou esperando por algo mais quando disse, olhando na direção em que havia uma garota de short claro e blusinha de alça rosa, que tinha que ir. Você foi ao encontro dela, esquecendo-se totalmente da sua acompanhante. Fiquei ali, parada, esperando que você voltasse e se lembrasse. Mas você foi, firme e confiante, dessa vez, sem flor alguma pra ela, e de novo, sem o  amuleto. Eu, assisti de longe a cena de vocês se conhecendo. E é essa a forma diferente que eu admiro em você, o teu jeito desprezível.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Pretérito mais que perfeito foi o meu.



Você não aprende que a vida é só uma e que devemos aproveita-la ao máximo, até o momento em que para de aproveita-la, e ai já é tarde demais. Eu sinto saudades, mas são saudades gostosas de minha infância. Saudade da época que a gente se juntava no quintal da minha casa para brincar de restaurante com sanduíches de folha recheados com "almofadinha", nosso arroz requentado em um fogãozinho de improviso, e o prato principal, que era aquela calda de chocolate meio aguada, mas que era a melhor coisa do mundo pra gente. Sinto falta de quando brincava ali na rua sem medo de morrer de tiro ou de assalto, quando eu rodava o mundo de bicicleta sem compromisso, e me sentia a dona do mundo. Quando a gente ia ali na varanda e picotava papel em dinheiro para brincar de banco. Quando a gente não tinha preocupações, compromissos ou medos. Minha preocupação era se o dia seguinte iria chegar, tinha o compromisso de soltar pipa na rua e fazer novos amigos e meu medo era não ter o que fazer no outro dia. E como disse Gilmar Chiapetti uma vez: Viva antes que o amanhã seja só lembrança.

(Na foto estou eu com minhas irmãs, eu sou a menorzinha, com um sorriso estranho, a do meio)

Viver entre o sonho e a merda da sobrevivencia

Cresci numa sociedade que me impulsionava a imaginar, ir atrás de meus sonhos. Mas eles não me disseram que seria mais fácil sonhar do que realizar. Vivi com pessoas ao meu redor falando sobre amor e o tal de príncipe encantado que toda garota sonha. Mal sabia eu que amor de verdade é só um e quem mais iria me fazer feliz no fim de tudo era o sapo. Nasci com falações na minha cabeça, sobre aproveitar os bens da juventude, mas ninguém me contou sobre os maus da vida. Ninguém falou que iriam surgir problemas e que eu teria que encara-los, de frente. Falaram sobre o quanto é bom ter amigos, mas ninguém falou dos perigos com os inimigos. Contaram sobre essa beleza e idealizaram meu homem perfeito, mas se esqueceram da beleza interior e que cada um é belo do seu jeito. Falaram sobre moda, música, poesia, faculdade, estudos, arquitetura, tevê, compromisso, bons modos, educação, política e familia. Mas se esqueceram que não adiantariam nada eles falarem e falarem, pois eu teria que aprender tudo isso na pratica, quebrar minha casa, se é que me entendem

(desculpem a palavra que usei no titulo, mas é que faz parte da musica)

sábado, 7 de agosto de 2010

John&Jenny - Parte I



Você, com seu típico jeans largado e aquela blusa branca, o cabelo bagunçado e algum tipo de amuleto nas mãos, sentado a espera de algo. Era um encontro. Você apertava o amuleto contra as mãos apreensivo, e eu, de longe, só ria, olhando o quão nervoso você estava, olhava a cada segundo no relógio e depois procurava alguém. Eu, por outro lado, estava mais calma e imaginava se devia ou não zombar do seu nervosismo quando chegasse. Pensava se quando você finalmente me visse, roubaria correndo uma flor do jardim e tentaria disfarçar a tensão. Eu andava ao seu encontro, quando você virou e pegou uma rosa. Exatamente como eu imaginara. Antes mesmo de eu chegar, vi tuas mãos entrando aquela rosa para outras mãos. Era com ela o teu encontro. Uma garota bonita, de vestido vermelho e cabelo arrumado, que lhe um beijo ao receber a flor, a minha flor. Continuei andando. Era nosso terceiro encontro disfarçado. Passei ao teu lado, como fiz das outras vezes e nessa vez, você desviou sua atenção da garota e disse:
- Oi Jenny.
E deixou cair o seu amuleto. Meu coração palpitou tão forte que era perceptível. "Ele acertou o meu nome" eu pensava ao pegar seu amuleto no chão.