quinta-feira, 29 de março de 2012

segunda-feira, 19 de março de 2012

O que você provoca em mim eu nem sei falar.

É que eu ouço aquela voz e lembro de você. Falam do teu nome e eu sorrio. Não é amor, só pra deixar bem claro. Mas é saudade. Nossa, e que saudade doída viu?! Saudade desse teu sorriso, meio acanhado, meio natural. Saudade do teu violão, saudade daquela música na tua voz, saudade da tua bochecha rosa. Saudade até da cara de sono que você ficava. Saudade do teu cabelo bagunçado. É que tem tanta coisa me lembrando você. Achei até uma foto, acredita? A gente era assim, novinho. E a gente tava assim, juntinho. Depois eu senti teu perfume na rua, ouvi tua voz. Lembrei das nossas conversas e, do quanto confiávamos um no outro. E aí que dá vontade de chorar, por antes ter você, aqui, assim.... pertinho... por tanto tempo e nem aproveitar. Devia ter arrancado um pedaço teu e guardado comigo. Agora você ta ai, eu to aqui. E aí que eu eu vejo um carro que parece com teu e paro, espero ele passar, só pra ver se tem os adesivos atrás, só pra saber se é você. Aí que falam daquela música, ou daquela garota, ou daquele dia, ou daquela foto, ou daquela época... e é chato pra caramba segurar essas lágrimas na frente deles. Depois eu leio algo seu, lembro daquele caderninho azul, que você dizia nunca mostrar pra ninguém(acho que era só pra eu me sentir um pouco), lembro das frases soltas escritas ali... Lembro das músicas mal feitas no quintal da tua casa em uma noite fria. Lembro das paródias aleatórias que nasciam de um vento, um toque, uma luz... uns amigos sabe?! É uma saudade boa, acima de tudo. Acho que tudo que envolve você tende a ser bom. Então desculpa, se as vezes parece que eu exagero, se eu te ligo em um sábado a noite, gritando coisas com uma voz calma. É que você faz falta, e de repente dá uma vontade louca de precisar de você. E eu queria que você soubesse isso, que eu sinto sua falta. Assim como você só sabia fazer graça. Assim como uma criança não sabe ouvir criticas... Eu... é, eu te preciso.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Sobre a saudade.

Saudade não é o que a gente sente quando a pessoa vai embora. Seria muito simples acenar um ‘tchau’ e contentar-se com as memórias, com o passado. Saudade não é ausência. É a presença, é tentar viver no presente. É a cama ainda desarrumada, o par de copos ao lado da garrafa de vinho, é a escova de dentes ao lado da sua. Saudades são todas as coisas que estão lá para nos dizer que não, a pessoa não foi embora. Muito pelo contrário: ela ficou, e de lá não sai. A ausência ocupa espaço, ocupa tempo, ocupa a cabeça, até demais. E faz com que a gente invente coisas, nos leva para tão próximo da total loucura quanto é permitido, para alguém em cujo prontuário se lê “sadio”. Ela faz a gente realmente acreditar que enlouquecemos. Ela nos deixa de cama, mesmo quando estamos fazendo todas as coisas do mundo. Todas e ao mesmo tempo. É o transtorno intermitente e perene de implorar por ‘um pouco mais’. Saudade não é olhar pro lado e dizer “se foi”. É olhar pro lado e perguntar “cadê”?

- Beeshop

quinta-feira, 8 de março de 2012

As razões que amor desconhece.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são referências, só. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo o que o amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó. Mas só o seu amor consegue ser do jeito que ele é.

- Martha Medeiros.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Um dia você cai na real.

  Todo mundo vai te decepcionar, sabia? Sua mãe, seu pai, seu marido, sua amiga, seu vizinho. Todo mundo um dia vai fazer uma merda federal e ferrar com tudo que você sonhou. A gente tem tantos sonhos, tantas verdades floridas e bonitas. Meu Deus, como eu queria uma vida cheia de cor. Meu Deus, como eu queria uma realidade mais doce. Mas não. A vida é meio amarga, azeda, meio de verdade. Isso assusta, assusta, mas a gente precisa ser forte. Sabe de uma coisa? Não, você não sabe. Vou te contar. Eu ando tão sensível. Precisando assim de uma palavra suave, de um gesto inesperado - e belo. Você consegue me surpreender de um jeito bom? Diz que sim, preciso tanto de você. Que coisa louca essa: a gente precisa de alguém. Mas, sabe, a gente sempre precisa de alguma coisa que nos coloque no eixo. Ando meio fora dos trilhos, se é que você me entende. Andei pensando na vida - é, sei que isso dá calafrios. Mas percebi que não adianta protelar. Preciso agir, agir, agir, largar essa pureza tosca, maldita, essa pureza pura, bonita e seguir. Eu preciso, por favor, me dê tapas fortes na cara, eu preciso entender que existe uma parcela de gente que é filha da puta, que mente, que engana, que trapaceia.




domingo, 4 de março de 2012

Age.

Pensa! O pensamento tem poder. Mas não adianta só pensar. Você também tem que dizer! Diz! Porque as palavras têm poder. Mas não adianta só dizer. Você tem que fazer! Faz! Porque você só vai saber se o final for feliz depois que tudo acontecer.

- Gabriel, o pensador.

sexta-feira, 2 de março de 2012