Só mais umas anotações
sábado, 3 de agosto de 2024
Como um barco no oceano longe de qualquer farol
sábado, 13 de abril de 2024
ainda te amo
quinta-feira, 20 de abril de 2023
tudo que nós tem é nós
terça-feira, 4 de abril de 2023
Realizações
quinta-feira, 19 de janeiro de 2023
Diário dos dias sem você
Dia 1:
Parece que eu tô tentando ocupar 100% do meu tempo para não precisar pensar sobre isso.
Dia 2:
Mas quando eu paro pra pensar, vejo que você tem razão. Comecei a perceber que eu tô me perdendo no nosso relacionamento e vivendo em função dele, deixando de lado quem eu sou. Sobre querer estar sempre na sua casa, percebi que na verdade eu nem sempre quero, mas como passou a fazer parte de uma parte óbvia, passei a fazer sem me questionar.
Dia 3:
Nesses dais percebi que eu tenho uma necessidade de dividir meu dia com alguém. Na maior parte do tempo é com você, e por evitar te procurar esses dias, pensei em dividir com outra pessoa, como minha mãe ou alguma amiga, e foi assim que percebi essa necessidade. E depois fui ler umas coisas antigas que escrevia, e percebi que tenho essa necessidade desde sempre. Comecei a escrever por necessidade de falar e não saber com quem, então falava com meus textos, com o blog, comigo mesma talvez. Quem sabe isso seja uma coisa boa para recuperar, extravasar minha carência ou não sei como chamar isso, comigo mesma, pra me lembrar que eu dou conta.
Dia 5:
Já não tão mais sem você assim, e acredito que por isso não anotei nada no dia 4. Mas hoje você falou sobre me mudar pra outro lugar. E faz uma hora que meu coração tá inquieto e tô com uma sensação estranha na garganta, como se fosse passar mal. Tudo isso por uma expectativa que criei e agora mudar esses planos me soa estranho demais e me machuca internamente a sugestão de não segui-los ou de adia-los por tanto tempo. Você mexe DEMAIS comigo. Não consigo me focar no que gostaria de estar fazendo, porque todo o meu corpo pensa que eu tô sendo adiada, que estou adiando o nosso compromisso, que você não quer mais, que isso é uma enrolação ou algo assim. E aí lembro que isso precisa servir para que eu possa pensar na nossa relação também, nas partes que eu consigo controlar dela, em mim dentro da relação. Lembrar de não ter pressa e me amar também.
quinta-feira, 29 de julho de 2021
Terapia
Oi, faz tempo que não venho aqui. A vida foi ficando confusa demais, cansada demais, difícil demais. Eu comecei a fazer terapia. E ai lembrei de ler que escrever era tipo fazer terapia, e resolvi voltar aqui. Será que se eu tivesse voltado antes eu não estaria fazendo terapia? Acho que não, estava difícil pensar em qualquer coisa, ter força de vontade pra qualquer coisa, até para escrever. Mas fiquei feliz de ter vindo aqui hoje. Hoje está sendo um dia bom. Lembrei que gostava da sensação de viver, que a vida é uma só, que ela é aqui e agora. E eu tô tentando voltar a ser eu, ou pelo menos ser um eu de quem eu goste de ser. Tá sendo um pouco difícil ser eu mesma faz um tempo. Então eu resolvi me reencontrar. E vir aqui foi um reencontro. Ler tantas coisas antigas e lembrar de quem eu era, de quem já fui, ou até mesmo de quem eu sou, mas tá escondido aqui dentro em algum lugar, com medo. Descobri um apego à palavra difícil, já até usei ela várias vezes nesse texto. Não queria que tudo fosse tão difícil e ruim assim, mas tem sido. Mas eu tô me lembrando que pode ser bom. Hoje a psicóloga falou sobre saber aproveitar o caminho, e eu lembrei que eu mesma já escrevi um texto sobre isso. É meio maluco como eu passei a ignorar os meus próprios conselhos. A Flavia de dois anos atrás não se reconhece na Flavia de hoje. Parece tão pouco tempo para mudar tudo que eu mudei. Mas bem devagarzinho a vida vai tomando um rumo, as coisas vão se ajeitando. Na verdade, eu vou dando um rumo para coisas né. É meio maluco também saber que eu tô no controle da minha vida. Nunca pareci saber controlar nada, e tô controlando minha vida inteira. Que doideira tomar consciência das coisas.
Mas uma vez isso é só um monte de palavras jogadas, mas elas fazem sentido dentro de mim. Então desculpa sumir por anos, e depois vir aqui pra falar que eu tava ficando maluca, mas que passei a tentar cuidar de mim. Você sempre cuidou de mim. Quem sabe vir aqui mais vezes me ajuda a cuidar mais da gente né.
Acho que era isso, precisava começar de alguma forma. Então... Oi, faz três anos que não venho aqui. Já tô com 25 anos (comecei isso aqui eu tinha 13 anos). Ouso dizer que muita coisa mudou, mas que muita coisa continua igual também. Foi bom ver você. Vou tentar não sumir. Se cuida.
domingo, 7 de outubro de 2018
Como o acaso é engraçado, né?
"Vamos viver as coisas enquanto elas acontecem, com a intensidade que elas têm, não precisa ser em um bar, pode ser um banco de ônibus".
Valeu pelos devaneios e por tornar a volta pra casa melhor, gratidão.