Hoje início a jornada dos 27 anos e fiquei um tempo pensando em algumas coisas. A primeira delas é que todas as outras versões da Flávia durante esses 27 estão orgulhosas de onde chegamos. Ano passado foi um ano de experimentar sensações opostas. Quis desistir da química, quis largar o mestrado, quis trabalhar de vendedora, e de repente, me vi trabalhando com química e estando mais feliz que nunca. Pensei em vários títulos pra esse texto e me caiu como luva a palavra realizada, que por mais que se encaixe perfeitamente, me frusta encaixar tudo que eu sinto em uma palavra só. Me sinto desafiada, capaz, feliz, forte, destemida. Todos os dias me vejo mais mulher e mais capaz de tudo que tenho sonhado e idealizado. Parece maluco lembrar que ano passado eu me sentia minúscula e agora tem tudo isso. Todo mundo deveria experimentar sentir isso. Comecei até a criar uma playlist que instiga esse sentimento "radiante" em mim.
Outra coisa que vem a cabeça é uma frase que ouvi certa vez que diz "o que quer que seja, que seja leve". E acho que esse é um desejo para os próximos anos, que sejam leves, como parece ser agora. E que por mais que a vida pese as vezes, possamos ter sempre esse jeito de gostar de viver. Ouvi também a frase "vou mostrando como sou e vou sendo como posso", que me traz a sensação de me sentir completa, de não me criticar tanto mais. Vou sendo como posso ser e com a certeza de que as decisões que eu tomo são as que parecem certas pro meu eu que toma a decisão, com a certeza de que eu tenho aprendido a me respeitar e me ouvir como nunca. Vou sendo como posso, e se eu posso falar, tenho sido alguém maravilhoso demais. Como é bom poder me sentir em casa dentro de mim mesma e amar minha própria companhia.
Esse texto é mais uma das minhas bagunças, mas dessa vez pra dizer que eu tô amando me sentir essa bagunça que eu sou, e honrando tudo aquilo que a Flávia de 7 anos acreditava ser importante. O brilho nos olhos e o jeito de olhar a vida continua o mesmo.
Parabéns pra nós