domingo, 17 de abril de 2011

Amor não é nem metade do que sinto

Ela havia descoberto naquela manhã e não aguentaria guardar esse segredo por muito tempo. Primeiro pensou em contar para as amigas, mas teve medo da reação delas. Decidiu contar a ele, e depois resolveriam. O coração dela batia acelerado, e em dobro, se é que me entendem. Quando o encontrou queria ser direta, mas as palavras não saiam. Eles não eram o típico casal. Ele, o popular jogador de futebol e ela, a nerd do terceiro ano. Uma noticia como essa arruinaria a vida dele. O medo batia na cabeça dela: cuidado! Quando se encontraram, ele a envolveu no braços fortes e a beijou. Ela recuou. Ele achou estranho. Ele tinha o estilo marrento sempre dando uma de fortão, mas perto dela seu coração derretia:
 - O que foi?
 - Nós precisamos conversar. - Sua expressão estava assustada.
Ele esperou que ela continuasse a falar. Ela esperou que as palavras saíssem. Tudo que parecia era que só iriam sair lágrimas. Mas ela devia permanecer forte, ou ao menos tentar se demonstrar forte. Ela não conseguia olhar nos olhos dele. Ela sentou no chão e colocou a mão sobre a barriga, e baixou a cabeça, deixando escapar uma lágrima. Ele a olhou como se já entendesse, e se sentou ao lado dela.
 - Tenho medo, de colocar tudo a perder. - Ela não o olhou, pois tinha certeza que seus olhos demonstravam angustia.
 - Eu já sei o que houve. Eu nunca vou abandonar vocês.
 - Você vai deixar de me amar, depois disso. É um passo muito grande na nossa vida.
 - Você bem sabe que eu nunca deixaria de te amar por uma bobagem dessa. - Ela a beijou, na bochecha dessa vez, a levantou nos braços, dando um rodopio com ela. - Eu te amo tanto, e a próxima garota que amarei será nossa filha.

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