quinta-feira, 30 de junho de 2011

Você tem um sorriso sincero perto de mim, e eu, retardado.

Sabe aquele sorriso mais retardado de dois apaixonados ?
Então, é esse que parece ser o sorriso mais lindo e o mais sincero de todo mundo.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A um passo do reencontro.


 - Esse lugar é de forma inexplicável, importante demais pra mim. Não bastaria eu dizer que foi aqui que você me pediu em namoro, que foi aqui que nós brigamos, que foi aqui que reatamos. Ninguém intenderia. A verdade é que só esse lugar vai me acalmar agora. A dor de ouvir da sua mãe que a culpa de tudo aquilo era minha, me deixou em desespero. Então eu vim pra cá. Eu não trouxe nada, nem se quer um pedaço de papel que me pudesse lembrar você, e mesmo assim, você se mostra presente. Aqui, por mais que eu esteja sozinha, eu me sinto com você. E isso me deixa cada vez mais triste. Lucas, com tantas dificuldades que a gente teve, - dentre elas namorar escondido por este quase um ano - eu queria que você soubesse que não é a morte que vai nos separar.
Após Fernanda dizer essas palavras em um tom ameno com medo de ser ouvida, olha pra baixo temendo seu ultimo passo.
 - Espero te encontrar, onde quer que você esteja.
 E pulou do prédio de doze andares, deixando o vento bater em seu rosto, e o coração parar de bater antes mesmo de chegar ao chão.

sábado, 25 de junho de 2011

Anonimato

  Eu não sei por que me sumiram as palavras. Procuro encontrar a razão ou circunstância para que num átimo a inspiração sumisse. Fico insone. Eu tentei escrever, ou dizer... Mas as palavras tornaram-se poucas. Procurei. Não encontrei nada, nada menos compreensível ou aceitável.
  Fugi. Confesso que não muito. Aperto o passo. Faço, refaço e desfaço. Projeto um sorriso enferrujado, amarelo pelo tempo. É mais fácil abraçar a tristeza: a felicidade é muito saltitante.


Achei esse texto no computador. Confesso que não sei quem escreveu, mas é real. 

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Surdez fatal.

Lembram de um texto que eu postei uma vez aqui? Não?! Então dá uma olhada lá. Conta a "história" de um acidente de carro, mas pela visão do pai. Dessa vez, vou mostrar a do filho.


 Ele estava na escola, com um dia que chamaria de normal. Dylan era diferente dos outros garotos. Enquanto os meninos de cinco anos sonhavam em virar astronauta, Dylan sonhava em ser surdo. Às vezes até se acostumava com a ideia, que acabava achando que realizara teu sonho. Já era a quinta vez no mês que seu pai era chamado na diretoria.
 - O que houve?
 - Seu filho está fingindo ser surdo. E existe um garoto na sala dele, que é realmente surdo de nascença, e acha que Dylan está zombando da cara dele. 
 - Hey Dylan, já conversamos sobre isso. Nós sabemos que você não é surdo, mas gostaria de ser. - Pegou o pequeno no colo, e olhando para o diretor disse - Ele não faz por mal.
 - Os pais do garoto querem que peçam desculpas ao filho dele.
Dylan não falava nada, apenas consentia as falas do pai com a cabeça. Saíram da escola sem nenhum sentimento de culpa, a não ser pelo pai, que cheirava a suor, recém saído do trabalho, e falava de forma desanimada. O modo como passou a mão no cabelo, antes de entrar no carro, dava pra imaginar uma bagunça de papéis e telefone ligado no escritório.
  A correria até o colégio, a atenção nem toda focada no trânsito, e o excesso de velocidade. Três elementos que lembravam o dia do acidente. Era um Renault 5 vermelho escuro. O caminho estava vazio. Dylan já dormia no banco traseiro do carro. O pai aumentou o volume da música para relaxar. Dylan acorda, mas continua deitado. Os dois começam a cantar. Por alguns segundos, o pai resistia ao sono. A canção continuou tocando depois da batida. Dylan entoava o refrão sem nem abrir os olhos, mesmo depois de ter voado pela janela, enquanto seu pai tentava em vão, controlar o carro. Dylan finalmente abriu os olhos, ainda no ar, avistou gotículas de sangue que escorriam pela sua testa. Pensou em colocar a mão. O tempo era pouco, ele caiu no chão. E de repente tudo ficou escuro.



terça-feira, 21 de junho de 2011

E você que não tira nem dois minutos pra isso.

Dizem que cada batida do seu coração é Deus dizendo que te ama. Já parou pra pensar quantas vezes Ele te disse isso hoje?

domingo, 19 de junho de 2011

John&Jenny - Parte VI


Parte I     Parte II     Parte III     Parte IV     Parte V

O sol já havia se posto e eu estava a espera de algo que nem sei o que. Deitada na grama, observava a iniciação das estrelas no céu e as cores meio rosa-alaranjado. Ele chegou e se deitou ao meu lado, sem dizer nada. Meus olhos se enxeram de lágrimas. Ele percebeu e me deu um beijo na minha bochecha. Eu simplesmente virei o rosto.
 - Jenny?
Eu não o respondia. Ele se sentou ao meu lado, segurou em minhas mãos e esperou qualquer ação minha. Então eu me sentei e olhei no fundos dos olhos dele, com tamanha raiva.
 - Como você tem coragem? Você é mesmo tão machão.
 - Do que cê tá falando?
 - Aquela loirinha. - Disse baixo, cerrando os punhos.
 - A Larissa?
 - São tantas né? E eu achando que poderíamos ter algo sério. Me deixa em paz. Pelo menos não me ilude, e vê se presta mais atenção, idiota.
 Eu já havia me levantado e virado as costas e estava prestes a ir embora. Ele correu, me puxou pelo braço. Mas dessa vez  nada de beijos roubados. Ele tirou uma pequena caixa preta do bolso, e ajoelhando-se, colocou-a em minhas mãos. Meu coração agora estava acelerado, e não sabia o que fazer. Ele segurava em minha mão, e olhava nos meus olhos, e disse calmamente: "Abre."
Eu estava tremendo, quando abri. Dentro da caixa, reluzia a mais perfeita luz.
 - Envolto com meu amor, e teu sorriso no meio.
E dentro, lá fundo, um papelzinho amassado que dizia: "Quer namorar comigo?"
Me ajoelhei na frente dele, e dei lhe um beijo como resposta.

sábado, 18 de junho de 2011

O meu sorriso era sincero.


Renato Russo disse uma vez: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão. Cada um de nós imerso em sua própria arrogância esperando por um pouco de afeição." E acho que ele viveu no século errado. Porque Renato traduz em palavras os sentimentos que nem minha mente entendem. Se Clarice é meu lado fofo, Renato deve ser minha alma gêmea.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Clataio Fernartor


A Clarice Lispector é meu lado fofinho. A Tati Bernardi é a minha revolta. E o Caio Fernando Abreu? Ah, o Caio simplesmente me conhece e sai contando de mim por ai. Juntando tudo, eu seria um Clataio Fernartor.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Carta para mim mesmo, em um futuro nem tão distante.

14/06/2011 

Querida Fuve,

  Espero que essa carta te encontre bem. Na verdade, espero só que ela te encontre. É claro que você estar bem faz parte do pacote, não bem em si, totalmente. Mas viva ao menos. 10 anos é muita coisa. Como será que anda o teu humor? Como será que anda aquele sorriso bonito? Será que você ainda escreve? Passar algumas tardes vagas num blog, aos quinze anos é fácil, mas e agora? Não me surpreenderia se as frustrações tivessem tomado conta de você, afinal sempre fomos bem revoltadas. Esse tempo, essa vida, devem ter feito algum estrago em seu espirito. Mas espero que continue sempre com sua essência. 
  Os sonhos de hoje, devem ter dado lugar a coisas novas, a atual paranoia com faculdade deve ter se acabado e hoje até formada você deve estar. Até as pessoas, as companhias devem ter mudado. Quem hoje, eu tanto lutei pra manter perto, deve ter partido por acaso do destino. Mas pelo mesmo acaso surgiram-se novas faces que estão ao teu lado. É impossível evitar. As coisas vão simplesmente acontecendo. Há quem nos decepcionou, mas há aqueles que nós ofendemos, que não havia como não magoar. Esses atos ainda devem doer em você, tão solene. 
  E há os mortos. 
  Aqueles que amamos e que fizemos felizes. Pessoas que fizeram parte da nossa jornada, que te fez crescer, que nos viu crescer. E agora, justamente quando era necessário, - depois de crescida, mas não tão madura - não estão mais por aqui. Sabíamos que isso iria acontecer, mas não ajuda em muita coisa. Posso imaginar como se sente(ou não saber mais dos teus sentimentos.). Diante desse vazio, não deve restar muito a fazer. Mas não deixe a vida passar. Por incrível que pareça, ainda deve existir muito pela frente.
  E os amores? Você ainda é capaz de se apaixonar? Ainda leva no peito aquele primeiro amor, que fez o coração bater forte? Ou deixou de acreditar nessas besteiras e viu que a vida ia muito além de namoricos adolescentes. Não seria o amor, no seu ponto de vista, um capricho tipico de quem, por estar distante da morte, ainda vive a ilusão da eternidade? Será que você já achou teu par, e tem uma história tão bonita quanto as cantadas pelo Renato Russo? 
  E as músicas? Ah, essas não serão nem discutidas.Mas por favor, continue escutando Legião e Cazuza. Não deixe que o mal do século a domine. 
  É bem provável que tudo aconteça ao contrario. Mas que o destino não lhe deixe cair em iras erradas, e que pelo menos essa carta lhe encontre. Estou confusa, e esse é o real motivo de lhe escrever. No fundo, eu só quero que isso te alcance, e que você me leia com alguma compaixão, se lembrando vagamente da época de escola, e os vagos 15 anos. Que desperdício de palavras, dirá você. Ou diria eu. Mas no fim das contas, eu quero que encontre esses rabiscos mal escritos, e com um sorriso no rosto, grite para o comodo vizinho - nem que ele esteja vazio, mas por favor, ao menos sorria - : vem cá, querido. Vem ver o que achei na gaveta. Dá pra acreditar nisso? 

Milhões de beijos, Flávia.




Pauta para 47ª Edição Cartas do Bloínques.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A rainha do castelo de ar.


Você erra uma vez, e o mundo te julga por isso. Você acerta várias vezes e ninguém liga. Porque ele não vai lembrar da vez que você o abraçou e o levantou depois da queda. Mas ele vai jogar na tua cara a vez que você deixou de abraça-lo para reconfortar outras pessoas. E você vai dizer mil coisas pra ele, mas ele só vai prestar atenção nas partes negativas, e você vai ler tudo que ele escreve e sentir um lixo. E de repente, você sente que se for pra ser assim, você vai abraça-lo todas as manhãs, e vai dizer que o ama sempre, e vai dizer mais mil coisas pra ele, porque não há nada pior do que se sentir um lixo na vida de quem se ama.
Sim, eu estou muito egocêntrica ultimamente.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Tem que lutar, não se abater.

 - Por que você luta? Pra aprender a brigar?
 - Não, pra aprender a cair. A primeira coisa que você aprende em uma arte marcial é o jeito que você vai cair, para dar sustento na hora de se levantar.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Perdeu a lua enquanto contava as estrelas.


 - Por que choras?
 - Eu choro porque dói.
 - Entendo. Ouvir tudo isso realmente não deve ser fácil.
 - Não, não é pelo que eu escuto. Até certo ponto elas estão certas. Elas podem falar que correr atrás de alguém como eu é besteira, que eu não mereço, que eu só brinco com sentimentos, e eu até concordaria. Mas dói ver que eu magoei elas sabe? Dói ver que esse carinho todo que eu achava que depositava nelas, não chegava por completo, e dói ainda mais, ver que isso machucou nossa amizade. Eu só queria que elas soubessem que são mais do que essenciais na minha vida, porque sorrir sem motivos não terá graças. Seria como nadar no gelo antártico.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Carta para melhor amiga.

Foi bem aí que eu descobri que não seria para sempre. Não, a nossa amizade não vai ser perfeita, teremos nossos dias te TPM, nosso dias de loucura total, uma querendo matar a outra e com uma simples palavra poderemos nos machucar mais do que qualquer outra coisa. Sabe porque? porque não seremos para sempre. Vamos brigar e xingar nos bater e morder, sim ás vezes vamos nos distanciar, por causa do tempo, da vida, de amores ou por qualquer briguinha banal. Porque nós sabemos, que não seremos para sempre. Mas sabe o que nos mantém assim ? A nossa amizade, ela trás para nós um amor tão divino que até as nossas imperfeições ela nos faz amar. Que naquele dia de cão, que a TPM está pronta para matar uma, um simples sorriso junto com aquela palhaçada irresistível nos faz perder o foco e toda a irritação vai embora, que toda e qualquer palavra exageradamente dita que sem querer causa mágoa, enlouquecidas pedimos perdão de joelhos e não nos limitamos em fazer tudo para nos redimir. Esse amor nos completa, nas nossas chatices, indecisões, fraquezas e perdas. Não importa o tempo, nem a distancia, esse amor só cresce dentro de nós. Porque encontrar irmãs almas gêmeas não é tão fácil assim abrir mão né? Não tenho palavras para descrever o meu amor por você, por essa nossa amizade. Mas eu só sei de uma coisa, esse amor não será para sempre, ele será infinito.





"Coração não é tão simples quanto pensa, nele cabe o que não cabe na dispensa. Cabe o meu amor."