quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Fica, vai ter bolo.

A vida é feita de altos e baixos, idas e vindas, torto e direito... (mais altos pra vida e mais baixos pra o blog). Ela é feita de esperança pra se jogar de cabeça nessa piscina de ideias loucas, ou desse precipício sombrio, é feita de coragem para sobreviver às tempestades e aos delírios de amor. É nessa bagunça de sentimentos que hoje o Blog completa três anos.
Essa data remete a lembrança do inicio, das dificuldades no caminho e principalmente de como foi chegar até aqui. É momento de celebrar e festejar essa passagem ininterrupta do tempo que corre cada dia mais. Todas essas lembranças talvez estejam apenas na minha mente, mas estão implícitas em cada canto de choro e sorriso desse pedaço de mim.
A possibilidade de escrever por esses três anos me deu outras vidas, outros sentimentos. Talvez por isso escrever me encanta. Talvez por isso tenha perdurado três anos. Se estou cansada do all star surrado e da vida monótona, posso ser qualquer um e, acabo me perdendo nas entrelinhas de uma estória qualquer. Afinal, a imaginação é uma arma.
Três anos de anotações medidos em tempo, medidos em papéis rasgados e difíceis de ler, medidos em anotações tolas e, é claro, a força de quem lê.
Pra comemorar nada melhor do que reunir os pensamentos em bolo, digo, texto... Soprar a velinha com olhos fechados de desejo e abrir os presentes no final da festa.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Se for pra falar de algo bom.

Vamos esclarecer os fatos agora. Faz... dois anos. Três mês que vem, não estou certa? Pode parecer exagero, besteira ou que eu sou meio criança ainda, por pensar nisso até hoje. Mas eu penso. Não, não pensei por esses três anos... mas ontem tava andando na rua e, passei por aquela esquina, escutei aquela música e vi um vídeo seu na internet. Eu tô me sentindo extremamente problemática agora. Você tem noção que já se passaram três anos? Eu não. Parece que foi ontem que a gente se viu pela primeira vez... Não vamos ser clichês. Eu não senti nada quando te vi pela primeira vez. Você sempre me tratou como amiga, tem voz de amigo, me chamava pra sair como amigo... mas sempre teve um cheirinho de namorado. De um jeito ou de outro, agora eu me arrependo muito de termos começado. Se a gente não começasse, nunca precisaria acabar. Sem falar na experiência, nos choros, nos abraços... eu preferiria nem ter te conhecido. Então olharia esse vídeo ontem e falaria: nossa, como esse garoto parece ser legal. Mas eu só consegui olhar o teu sorriso, o jeito como o teu cabelo cresceu nesses três anos... Eu não me sinto muito bem só de pensar que fui eu quem puxei esse assunto todo de "vamos terminar". Você se lembra? Agora eu tô sorrindo aqui(mas no dia doeu tanto). Eu mal olhei nos teus olhos enquanto a gente conversava(tinha medo de me perder neles), lembro que fiquei brincando com a alça da tua blusa, dobrando e desdobrando a linha preta. Lembro que a gente tava encostado na janela e lembro que eu chorava demais. Do resto, ninguém gosta muito de lembrar. Mas eu sei que achei você insensível demais.Lembro que ninguém sabia do fim e que falaram que parecíamos um só. Tive vontade de chorar na frente de todo mundo, mas eu só sorri pra você. Lembro que depois de ter terminado aquilo de "palavras duras, não mude a expressão" a gente se divertiu. Jogou um pouco, sorriu um pouco, mesmo de olhos marejados. Então, eu não sabia mais como despedir de você. Acho que não houve abraço mas sussurrei no teu ouvido algo como "Hoje foi bom, apesar de tudo. A gente ainda sabe como se divertir junto, basta querer". E não bastou você dizer nada, teu olhar falava que não era assim todos os dias e que nunca seria assim. Então eu fui embora. Sei que naquela esquina eu prometi derramar a ultima lágrima por você(nunca cumpri). A música... ah, você sabe que música eu estou falando. Ela era a nossa música. Era tanto... a gente. Confesso que não escolhi que ela tocasse ontem. O MP3 estava na função aleatória e, quando o solinho da guitarra soou pelos fones eu parei de andar, de sentir, de pensar. Esse vai ser só mais um clichê bobo que eu escrevo, como sempre escrevi desde o começo. Ou o fim, chame como quiser. Mas é que eu sinto saudade. Saudade de poder ouvir a mudança no tom da voz quando você ia conversar com meus pais, saudade de fazer caretas quando você começava a cantar músicas ruins, saudade de quando a gente pulava o murinho da escola antes da aula acabar, só pra ninguém ver a gente junto... Querendo ou não, isso faz parte de mim hoje. E quase tudo se resume a saudade, uma saudade que longe chega a ser gostosa. Porque mesmo depois de tanto choro e abraço misturado com o gosto amargo do fim, houve a promessa. A tão clichê promessa da amizade, que hoje, eu só queria que fosse verdade. Talvez 3 anos pensando em bobagenzinhas como essas seja um pouco demais,  é que é um pouco complicado esquecer o começo da minha vida.

domingo, 18 de novembro de 2012

Com você eu to tranquila.

Teve muita gente me perguntando quando eu percebi que estava gostando de você. Foi a mais ou menos um ano e meio atrás. Você sempre falou que eu fui apaixonada por você desde o primeiro encontro e pode ser bem verdade, viu? Mas acho que deu pra perceber que era de verdade, mesmo tendo passado um bom tempo relevando isso, quando eu acordei duas horas da madrugada e senti teu perfume no meu travesseiro, e não consegui dormir mais. Acho que nunca te falei disso né? Tem um texto no blog que fala disso, mas ninguém sabe. "Entendo porque dizem que o paladar está ligado ao olfato. Senti teu perfume essa noite e me veio o gosto do teu beijo." Era algo mais ou menos assim. Foi ali, que eu percebi que era de verdade sabe? Eu abraçava meu ursinho e desejava que você estivesse comigo. E passaram-se muito tempo desde isso. Tava lembrando disso hoje cedo, enquanto tomava banho. Percebi que gosto de você de verdade, quando ir dormir sem um boa noite seu era um sacrifício. Percebi que gosto de você quando sentia teu perfume no final da quarta aula e olhava no relógio pra saber se estava no teu horário de almoço(sempre estava.) Percebi que gosto de você quando qualquer briguinha me deixa com medo, percebi que gosto de você quando tive vergonha de conhecer seus pais. Percebi que eu quero que isso seja pra sempre, quando eu te neguei beijo, sentada na pracinha. Você com flores na orelha, eu com brilho nos olhos e procurando motivos pra negar o que já estava estampado. Percebi que gosto de você, quando fui viajar por três dias e comecei a escrever uma carta na escola e me deu vergonha. Percebi que era pra ser, quando eu te dei uma "aliança" e você consegui enxergar corações onde eu só via linhas. Desculpa, eu tô falando de um monte de coisa, e lembrando de histórias que nem era pra lembrar. Pode parecer carência -e talvez seja-, pode parecer bobeira, e que seja. É só que eu tava pensando aqui, e cheguei a conclusão que... nossa... eu gosto de você pra caramba. Desculpa, por brigar? Desculpa por não ser a namorada certa, desculpa por errar, desculpa... eu já tô aprendendo e melhorando. É que eu nunca tive alguém tão importante assim na minha vida. Você bem sabe que antes eu empurrava tudo com a barriga até que chegasse à algum lugar. E com você não foi assim. A gente já estava em lugar algum, e essa história de deixar a vida levar, acabou! Eu nunca tive quem me fizesse ficar tanto tempo pensando nele, nunca tive quem me deixasse angustiada sem motivos, nunca tive alguém sabe, igual você é pra mim. Sou nova nessa história de depender de alguém, então vamos com calma que eu já já aprendo. Já sei sobre beijinhos na bochecha e abraços apertados. Mas não sei nada sobre brigar. Sei que doí. Então vem cá, e me abraça. A gente senta um pouquinho e conversa. Dá aquele sorriso pra mim?! Eu gosto tanto dele. Principalmente porque você sorri com os olhos. E eu gosto tanto dos teus olhos. Perdoa? Perdoa por não saber nada de namorar, mas estou disposta a ir onde precisarmos ir pra continuar.