sábado, 16 de julho de 2011

Será só imaginação?

 - É que... Aã... eu gosto de você. - Ela olhava pra baixo, e mexia no cabelo tentando se distrair.
 - Ah, eu também gosto de você. - Ele a abraçou forte, fazendo-a olhar nos olhos dele.
 - Não, eu não vou cair nessa de novo. Eu gosto mesmo de você sabe. Tô falando de sentimentos. Eu fico ansiosa quando vou falar com você, com medo que alguma palavra saia errada e não sei... Eu fique com a imagem de criança ou infantil. Essa história de idade me incomoda muito sabe?! Porque seis anos não é pouco... E as vezes eu tenho medo ter conversas muito adolescentes para um cara como você. Mas depois que a gente conversa eu fico sorrindo igual boba, por pior que meu dia esteja. E eu fico pensando horas no que falei, no que podia e no que devia ter falado. Ai fico doida. Porque daqui a pouco a gente já vai conversar de novo, e a ansiedade volta. Eu me preocupo com a roupa que eu vou sair, eu me preocupo com as palavras que eu vou usar... Me preocupo até no jeito de andar. Vai que a gente se esbarra na rua por aí? É... eu fico pensando nisso também. Toda vez que eu saio, eu penso que a gente podia se encontrar e conversar. E de repente eu já estou pensando no que falar de novo. Na verdade, nem sei pra que todos esses pensamentos, se eu nunca falo nada. Mas vou sempre sorrindo. Por... sei lá. Por ao menos ter te visto sabe?! Essa imagem de você na mente, é tão bom. Mas você, assim... agora! É tão melhor. E se... eu não pensasse tanto, não teria falado tudo desse jeito. Assim e agora. - Ela se sentou e colocou as mãos sobre o rosto, como se tivesse vergonha.
Ele se abaixou, puxou o braço dela, e olhou nos olhos dela:
 - Por que é tudo tão complicado?
"Ele sempre tem as palavras na hora."
 - É porque eu gosto.(Pausa) Isso. O gostar complica. - Ela sorriu, como se agora tivesse entendido também, como tudo é tão complicado.
Ele sorria ao olhar pra ela.
 - Sabia que você é mais bonita quando tenta falar tudo rápido, no desespero das palavras não saírem?
Ela sorria, envergonhada. Ele a pegou pela cintura e a beijou. Com toda certeza ela não tentou impedi-lo. No fim daquele átimo, ela não tinha nem vergonha e nem pensamentos de falar. Sem pensar, ela disse:
 - É isso que você faria se gostasse.

3 comentários:

Any disse...

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahh, isso foi tão fofo. acho que eu lembrei da pessoa que eu tinha que lembrar quanto a você e esse texto. *-*

Fuve disse...

É garota. Você sempre sabe.

A.Horta disse...

"Eu me preocupo com a roupa que eu vou sair, eu me preocupo com as palavras que eu vou usar... Me preocupo até no jeito de andar. Vai que a gente se esbarra na rua por aí?"
É sempre um saco, não é?
E sim, ficou lindo, o fácil é escrever, dificil é falar =/
parabéns fuvete ^^