segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Elas voltaram.

Observava cores, pessoas, objetos, cheiros e vozes. É como um déjà-vu onde nada é igual ou faz sentido. Gritos ecoam na mente fazendo o coração bater mais forte, sem motivo aparente. Olhares atentos ou não buscam um foco de atenção. E eu me sinto perdida no meio de... DELES! Arrepios me pegam de surpresa subindo dos pés aos braços. E de repente tudo se acalma, as vozes pararam, os olhares se voltam todos para mim, as pessoas tem passos calmos. Só ouço o palpitar do meu coração que vai se acalmando aos poucos. Minhas pernas querem fugir dali, mas meu cérebro não atende aos meus comandos. E tudo, aos poucos vai perdendo a cor e ficando chato. As pessoas vão desaparecendo, os sons vão voltando com outras vozes. Tudo se torna preto. O coração ainda bate forte, as vozes se tornam mais fortes ainda. Abro os olhos e o ambiente é outro. As vozes agora são risos e na minha frente está o professor de matemática que diz:
 - Vá lavar o rosto.



Texto feito em 14/09/2010

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