sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Maldição! Eu só sei ser sua.

Mal amanheceu, não devem ser nem sete da manhã e o teu cheiro está impregnado em cada fração do meu cobertor. Deve ser por isso que eu não consigo dormir. A noite começa. Você tem um violão no colo, como sempre. Primeiro pensamento: a luz no palco deixa o seu rosto um pouco rosa e isso te deixa fofo. Uma troca de olhares forte e o seu sorriso. Pronto, me tem nas tuas mãos. Um cumprimento nada formal e eu me derreto. Uns ciumes aqui, umas caras feias ali... e vamos embora antes do fim. Caricias inocentes trocadas no carro. Brincadeiras de amigo, à minha vista. Implora pra eu ficar. Sabe muito bem que eu não resisto a um por favor teu. Eu fico. Primeiro erro. E jogo começa e eu entro na onda de fazer como todo mundo faz. Segundo erro. Sentados lado a lado. Eu pude observar teu sorriso a noite toda sem que ninguém nem notasse. A tua mão pode estar comigo o tempo todo. Abraços, palavras ditas como um erro, palavras que nem precisaram ser ditas. Abraços, e mais abraços. Hora de ir embora. Falta coragem, falta vontade. E você me segura de um jeito que sabe que eu nunca resistiria. Você segura minha mão, toca minha nuca... mas só atinge meu coração. Porque faz isso hein garoto? Pra me deixar igual boba, pensando que isso pode virar alguma coisa, quando só vai deixar madrugadas pensando em você, sentindo o teu perfume que antes estava nas minhas mãos e agora está no quarto todo. Diz pra mim, que dessa vez você vai arcar com as consequências. Você sabe que esse coração não sabe dizer não pra você. Então diz que dessa vez não vai ser preciso. Você me deixa completamente louca. Repete essa madrugada comigo, pelos próximos dias?

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