segunda-feira, 19 de março de 2012

O que você provoca em mim eu nem sei falar.

É que eu ouço aquela voz e lembro de você. Falam do teu nome e eu sorrio. Não é amor, só pra deixar bem claro. Mas é saudade. Nossa, e que saudade doída viu?! Saudade desse teu sorriso, meio acanhado, meio natural. Saudade do teu violão, saudade daquela música na tua voz, saudade da tua bochecha rosa. Saudade até da cara de sono que você ficava. Saudade do teu cabelo bagunçado. É que tem tanta coisa me lembrando você. Achei até uma foto, acredita? A gente era assim, novinho. E a gente tava assim, juntinho. Depois eu senti teu perfume na rua, ouvi tua voz. Lembrei das nossas conversas e, do quanto confiávamos um no outro. E aí que dá vontade de chorar, por antes ter você, aqui, assim.... pertinho... por tanto tempo e nem aproveitar. Devia ter arrancado um pedaço teu e guardado comigo. Agora você ta ai, eu to aqui. E aí que eu eu vejo um carro que parece com teu e paro, espero ele passar, só pra ver se tem os adesivos atrás, só pra saber se é você. Aí que falam daquela música, ou daquela garota, ou daquele dia, ou daquela foto, ou daquela época... e é chato pra caramba segurar essas lágrimas na frente deles. Depois eu leio algo seu, lembro daquele caderninho azul, que você dizia nunca mostrar pra ninguém(acho que era só pra eu me sentir um pouco), lembro das frases soltas escritas ali... Lembro das músicas mal feitas no quintal da tua casa em uma noite fria. Lembro das paródias aleatórias que nasciam de um vento, um toque, uma luz... uns amigos sabe?! É uma saudade boa, acima de tudo. Acho que tudo que envolve você tende a ser bom. Então desculpa, se as vezes parece que eu exagero, se eu te ligo em um sábado a noite, gritando coisas com uma voz calma. É que você faz falta, e de repente dá uma vontade louca de precisar de você. E eu queria que você soubesse isso, que eu sinto sua falta. Assim como você só sabia fazer graça. Assim como uma criança não sabe ouvir criticas... Eu... é, eu te preciso.

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