terça-feira, 7 de setembro de 2010

Tal qual um beija flor que não voa.

Um dia normal para todos, somente indiferente para Bianca. Uma semana após seu aniversário de quatorze anos, e inclusive a morte de seu pai., sua aparente melhor amiga se cansado da vida fútil de Bianca,e abandonou-a em seu pior momento. Apesar do pouco tempo de vida, ela já havia vivido o suficiente para pensar em suicido. E entrando na viciante internet, ela procura no Google por maneiras de se matar. E encontra um conjunto de suicidas, um grupo de pessoas que combinavam de se matar pela internet., e resolveu conhecer um pouco do ciclo, entrando no grupo. Pessoas desvalorizadas na vida, desconhecidas na sociedade, compartilhavam a dor de não querer continuar por aqui. Eles planejam, organizam tudo, desde o horário, o lugar  e a forma. O grupo tinha por volta de 100 pessoas de vários lugares do mundo, - apesar que a maioria era do Japão - iam se matar no próximo sábado,  as duas horas, pulando de um prédio. Esse era o fim que Bianca pretendia para si mesma. Quarta-feira ela não acordou. Pelo menos era o que ela queria. Ela não acordou a tempo de ir na escola, porém acordou. Foi logo para internet, falar com ' ANONIMUS' - nome dado ao grupo de suicidas, pois é claro que lá, ninguém se identificava. Havia uma pessoa OnLine cujo codinome era Beija Flor. Essa era a música preferida de Clara, sua velha amiga. A cada dia que passava, Bianca colocava em sua mente que Beija-flor era Clara, os gostos, as manias, os estilos, mas foi na sexta-feira, as 13 horas e 45 minutos, quando Bianca perguntou porque ela se mataria:
Beija-flor: Minha vida tá um caos. Meus pais estão se separando, o que tenho na escola nem pode ser chamado de nota, briguei com uma pessoa muito importante, porque ela perdeu o pai, e eu não aguentava vê-la sofrendo.
Foi com essa fala que Bianca teve certeza, era mesmo Clara. Trechos da vida das duas, passaram em sua mente, Bianca agora, havia desistido de continuar no grupo, mas não podia deixar Beija-flor cometer uma loucura, e tentou convencê-la de todas as formas, - mas sem se identificar - a parar com essa "brincadeira". Clara não desistiria. Não mais! Bianca também não entregaria a vida da amiga assim tão fácil, após uma noite de insônia pensando em mil maneiras de salvar cem vidas, ela chegou à uma conclusão.
Sábado, 1hora e 30 minutos, Bianca estava de frente ao prédio Julinux, onde ficava o tribunal de justiça que os pais de Clara haviam se separado. Bianca tinha na mão uma câmera, e na mente, o mundo todo. Ela subiu o prédio até chegar na cobertura, e se deparar com Clara. Bianca ligou a câmera que se conectava a cem computadores neste instante e começou dizendo:
 - Beija-flor, tu não pode deixar para trás suas flores, porque têm pouco mel. Não abandones esta vida, pois ela não é como desejas. Sabe, uma certa vez, uma garotinha de mais ou menos cinco anos me disse uma coisa muito bela, quando o mundo se mostrou contra mim: " Se tens um amigo, não precisa de mais nada, tem o mundo em suas mãos. Eu estou aqui, e sou sua amiga." Aonde está essa garotinha, Clara?! Eu sei, que em algum lugar dentro de ti, ela ainda vive, só basta você libertá-la. - Disse apontando para o coração.
Clara lhe deu um abraço, e chorando, olhou para a câmera e disse:
 - Não é só eu e ela. Estamos juntos com todos vocês. Entramos nessa pela influência um do outro, e vamos sair juntos. Um por todos e todos por um.
Bianca era agora a heroína de si, e de mais algumas cem pessoas, incluindo Clara. As duas amigas desligaram a câmera e desceram de lá abraçadas. Foi quando Bianca olhou para o relógio que marcava 13 horas e 45 minutos.

2 comentários:

Desvarios de uma adolescente disse...

Ahhhhhhhhhhhhh muiiiiiiiiito lindo esse texto *=============*

Roberta Veloso disse...

Nossa! Fiquei arrepiada ao ver isso!
Realmente, morrer não resolve nenhum problema...